Polaridades e desenvolvimento endógeno no sudeste paraense

Autores

  • Francisco de Assis Costa

DOI:

https://doi.org/10.20435/interações.v6i10.513

Palavras-chave:

Desenvolvimento Regional, Pará-Amazônia, Desenvolvimento Endógeno.

Resumo

Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a persistência e aprofundamento das desigualdadesregionais – uma expressão concreta da iniqüidade social – reitera tensões que repõem continuamente a questãoregional em foco, atrelada às possibilidades de desenvolvimento. Essas realidades têm revalorizado a abordagemespacialmente referida e permitido aflorar novas perspectivas teóricas instrumentadas nas possibilidades heurísticasda noção de auto-organização, fundamento dos paradigmas de não-linearidade na evolução dos sistemas complexos.Consoante com este movimento de idéias, este estudo faz um exercício de explicitação da hierarquia espacial damesorregião Sudeste Paraense, no Estado do Pará, na Amazônia Brasileira, articulando os “velhos” modelosgravitacionais com proposições das “novas” teorias do desenvolvimento endógeno.

Referências

ALTIERI, M. A. Agroecologia. Rio de Janeiro: AS-PTA/ FASE, 1989.

AMARAL, J. Desenvolvimento endógeno. Anais do IX Encontro Nacional da ANPUR. Pp. 350-365, 2001.

ARTHUR, W. B. Incresasing Returns and Path Dependence in the Economy. Michigan, The University of Michigan Press, 2000.

BARRO, R. e SALA-E-MARTI, X. Convergence across States and Regions. Brookings Papers on Economic Activity. n. 1, 107-182, 1991.

BENKO, G; LIPIETZ, A. De la régulation des espaces aux espaces de régulation. In: BOYER, Robert, SAILLARD, Yves (dirs.). Théorie de la régulation: l’état des savoirs. Paris: La Découverte, 1995, p. 293-303.

BROSIUS, G. SPSS/PC+: Advanced Statistics und Tables. Hamburg, McGrow-Hill, 1989.

CÂMARA, G.; MEDEIROS, J. S. Princípios Básicos do Geoprocessamento. In: Sistema de informações Geográficas: Aplicações na agricultura. EMBRAPA, 1998.

CARVALHO, H. M. Padrões de sustentabilidade: uma medida para o desenvolvimento sustentável. In: D’INCAO, M. A.; SILVEIRA, I. M. da . A Amazônia e a crise de modernização. Belém: MPEG, 1994, p. 361-380.

CHRISTALLER, W. Central Places in Southern Germany. Jena: Fischer, 1993.

COLEMAN, J. Foundations of Social Theory. Cambridge, Mass: Harvard University, 1990.

CONSIDERA, C. M.; RAMOS, R. L. O.; FILGUEIRAS, H. V.; SOBRAL, C. B. Matrizes de insumo-produto regionais (1985 e 1992) – metodologia e resultados. Rio de Janeiro: IPEA, 1997.

COSTA, F. de A. Bauern, märkte und kapitalakkumulation. Saarbrücken - Fort Lauderdale: Verlag Breitenbach Publishers, 1989.

_____. Ciência, tecnologia e sociedade na Amazônia. Belém: Sejup, 1998.

_____. Formação agropecuária da Amazônia: os desafios do desenvolvimento sustentável. Belém: NAEA, 2000.

COSTA, F. de A. As ciências, o uso dos recursos naturais na Amazônia e a noção de desenvolvimento sustentável: por uma interdisciplinaridade ampla. In: VIEIRA,

I; SILVA, J. M. C.; OREN, D. C. ; D´INCAO, M. A. Diversidade biológica e natural da Amazônia. Belém: MPEG, 2001.

CROCOMO, F. e GUILHOTO, J. Relações interregionais e intersetoriais na economia brasileira: uma aplicação de insumo produto. In: Economia aplicada. v. 2, n. 4, out-dez, 1998.

FEDORENKO, N. P. Mathematik und Kibernetik in der Ökonomie. Berlin: Verlag der Wirtshaf, 1971.

FERREIRA, C. M. Métodos de Regionalização. In: Economia regional: Teorias e Métodos de Análise. (orgs: Paulo Roberto Hadd Et tal ). Fortaleza: BNB, 1989.

FIEDRICHS, J. Methode empirischer sozialforschung. Oplades: Westdieutscher Verlag, 1985.

FIGUEIREDO, F. O. Introdução à Contabilidade Nacional. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1975. FONSECA, M. G.; LU, M. Uma metodologia para a construção de matrizes de relações interindustriais. ANPEC:

Encontro Nacional - Anais. Atibaia: ANPEC, 1979. FRÉMONT, A. La Région, espace vécu. Presses Universitaires de France. Paris, 1976.

GHOSH, A. input-output analysis with substantially independent groups of industries. In: Econometrica. 1960, p. 28.

GILLY, J.; PECQUEUR, B. La dimension locale de la régulation. In: BOYER, Robert; SAILLARD, Yves (dirs.). Théorie de la régulation: l’état des savoirs. Paris: La Découverte, 1995, p. 304-312.

GUILHOTO, J.; SONIS, M.; HEWINGS, G.J.D. Linkages and multipliers in a multirregional framework: integrations of alternative approaches. University of Illinois, Regional Economics Applications Laboratory. 1997. (Discussion Paper, 97-T-2).

HADDAD, P. R. A concepção de desenvolvimento regional: A Competitividade do Agronegócio, Estudos de Clusters. In: HADDAD, P. R. (org.). A competitividade do agronegócio e o desenvolvimento regional no Brasil: Estudos de clusters. Brasília: Embrapa/CNPq. Pp. 9-36, 1999.

_____. Contabilidade Social e Economia Regional: análise de insumo-produto. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.

_____. Análise de insumo-produto regional e interregional, multiplicadores de produção, de renda e de emprego. In: HADDAD, Paulo R. Economia Regional: Teorias e Métodos de Análise. Fortaleza: BNB-ETENE, 1989a.

_____. Métodos de análise de setores-chave e de complexos industriais. In: HADDAD, Paulo R. Economia regional: Teorias e Métodos de Análise. Fortaleza: BNBETENE, 1989b.

HADLEY, G. Linear Algebra. New York: Addison- Wesley, 1965.

HAIR Jr., J. F.; ANDERSON, R. E.; TATHAN, R. L. E BLACK, W. C. Multivariate data analysis. New Jersy: Prentice Hallm, 1998.

HILHORST, J. G. M. Regional planning: A Systems Approach. Rotterdam University Press, Rotterdam, Holanda, 1971.

HIRSCHMAN, A. The Strategy of Economic Development. New Haven: Yale University Press,1958.

HOBBELINK, H. Biotecnologia: muito além da revolução verde. Porto Alegre: s.e., 1990.

HOEL, Paul. Introduction to mathematical statistics. New York: John Wiley & Sons, 1962.

HOFFMANN, Rodolfo. Estatística para economistas. São Paulo: BPCS, 1991.

IBGE. Base de Informações Municipais. CD-ROOM.

_____. Censo Agropecuário 1995-96. CD-ROOM, 1996.

_____. Censo Agropecuário do Estado do Pará. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.

_____. Censo agropecuário 1996-96. CD-ROM, 1998.

_____. Censo agropecuário do estado do Pará. Rio de Janeiro: IBGE. Texto e base de dados em CD-ROM, 1998.

_____. Contas regionais do Brasil. CD-ROM, 2001. _____. Produção agrícola municipal, vários anos. IEL/SEBRAE. Estudo sobre a eficiência econômica e competitividade da cadeia agroindustrial da pecuária de corte no Brasil. Brasília, IEL/SEBRAE, 2000.

INHETVIN, T. Produção Camponesa e Redes Mercantis. In: COSTA, F. A. Agricultura familiar em transformação no nordeste paraense: o caso de Capitão Poço. Belém: NAEA, 2000.

IPEA. Economia brasileira em perspectiva – 1998. Rio de Janeiro: IPEA, 1999.

IPEA/ANPEC. Opções estratégicas do Banco da Amazônia S.A – Relatório Final, 2001.

ISARD, W. Interregional and regional input-output analysis: a model of a space – economy. In: Review of Economics and Statistics, 33, 1951.

_____. Location and Space-Economy: a general theory relating to spacial location, market areas, land use, trade and urban structure. Cambridge, M.I.T. 1956.

_____. Methods of Regional Analysis. Cambridge: Mass, 1996, cap. XI.

JOHANSEN, L. A multi-sectoralstudy of economic growth. New York: North-Holland, 1974.

KAGEYAMA, J.; SILVEIRA, J. M. Agricultura e questão regional. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 35, n.2 abril/jan, 1997.

KRUGMAN, P. Development, geography, and economic theory. Cambridge: Teh MIT Press, 1995.

_____. Geography and Trade. Cambridge: The MIT Press, 1991.

_____. Development, geography, and economic theory. Cambridge: The MIT Press, 1995.

_____. The self-organizing economy. Oxford: Blackwell, 1998.

_____. Geography and Trade. Cambridge, The MIT Press: 1991.

_____. The self-organizing economy. Oxford: Blackwell, 1998.

LEMOS, M. B., ASSUNÇÃO, J. J. Mapa do Desenvolvimento Agrícola Brasileiro. In: ANPEC – Anais do XXV Encontro Nacional de Economia. Recife, p. 1507-1527, 1957.

LEMOS, O Problema da Regionalização: Dificuldades Teóricas e uma Metodologia Alternativa. In: Reestruturação do espaço urbano e regional no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1993.

LEONTIEF, W. A economia de insumo-produto. In: LEONTIEF, W. A economia do insumo-produto. São Paulo: Abril Cultural, 1951a

_____. A estrutura da economia norte-americana. In: LEONTIEF, W. A economia do insumo-produto. São Paulo: Abril Cultural, 1951b.

_____. Análise multirregional de insumo-produto. In: LEONTIEF, W. A Economia do Insumo-Produto. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

_____. A análise de insumo-produto. In: LEONTIEF, W. A economia do insumo-produto. São Paulo: Abril Cultural, 1983. LINS, H. N. (sd). Regulação local e desenvolvimento: problemática, escopo e possibilidades. Mimeo. MARSHALL, A. Princípios de Economia. Os Economistas, v l. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

MIERNYK, William H. The elements of input-output analysis. New York: Random House, 1965.

MONASTÉRIO, L. M. (sd). Capital social e grupos de interesse: uma reflexão no âmbito da economia regional. Mimeo, SL.

MONTEIRO, M. A. Carvoejamento, desmatamento e concentração fundiária: repercussões da siderurgia no agrário regional. In: Homma, A K O . Amazônia: meio ambiente e desenvolvimento agrícola. Embrapa. Pp. 187-219, 1998.

MYRDAL, G. Economic theory and under-developed regions. London: Duckwoth, 1957.

PERROUX, F. L’économie du XXeme siécle. Paris: Presses Universitais de France, 1965.

PIANI, G.; KUME, H. Fluxos bilaterias de comércio e blocos regionais: Uma aplicação do Modelo Gravitacional. Rio de Janeiro: IPEA, 2000 .

PONTE, M. X. Bioenergy industry analysis based on information entropy. Belém: NAEA (mimeografado), 1999.

PORTER, M. E. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus, 1989.

PUTMAN, R. e HELLIWELL, J. Economic growth and social capital in Italy. In: Eastern economic journal, v. 21, n. 3, 1995.

PUTNAM, R. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1996.

REILLY, W. J. Methods for the study of retail relationships. University of Texas Bulletin, n. 2944, nov, 1929.

RICHARDSON, H. Input-output and regional economics. London: World University, 1972.

RICHARDSON, H. W. Elements of regional economics. Baltimore: Penguin Books, 1969.

ROLIM, C. F. C. O Problema da Regionalização. In: Reestruturação do espaço urbano e regional no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1993.

SANTANA, A. C. e AMIN, M. Cadeias produtivas na Amazônia. No Prelo, 2002.

STEWART, J. Q. Demografic gravitation: Evidence and Application. Sociometry, v. II, fev/mai, 1948.

SYDSAETER, K.; HAMMOND, P. J. Mathematics for economic analysis. New Jersey: Prentice Hall, 1995.

THEIL, Henri. Economics and information theory. Chicago: Rand McNally & Company, 1967.

UHL, C.; VERÍSSIMO, A ; BARRETO, P; MATTOS, M. M.; BRANDINO, Z.; VIEIRA, I.C.G. Social, economic and ecological consequences of selective logging in an Amazon frontier: the case of Tailândia. In: Forest ecology and management, v. 46, p. 243-273, 1991.

VALDIVIA, C.; DUNN, E. G.; JETTE, C. Diversification as a risk managemennt atrategy in na Andean agropastoral community. American Journal of Agricultural Economics, 78: 1329-1334.

VERGOLINO, J. R. de O.; MONTEIRO, A. A hipótese da convergência da renda: um teste para o nordeste do Brasil com dados microrregionais, 1970-1993. In: Revista Econômica do Nordeste. v. 27, n. 4, pp. 701-724, out-dez 1996.

VERÍSSIMO, A ; BARRETO, P.; MATTOS, M.; TARIFA, R.; UHL, C. Logging Impacts and Prospects for sustainable forest management in na old Amazonian Frontier: de case of Paragominas. In: Forest ecology and management, v. 55, p. 169-199, 1992.

VERÍSSIMO, A; BARRETO; TARIFA, R.; UHL, C. Extraction of high-value natural resource in Amazonia: the case of mahagony. In: Forest ecology and Management, v. 72, p. 39-60, 1995.

WILLIAMSON, Oliver. The economic institutions of capitalism. New York: Free Press, 1985.

WOODS, J. E. Mathematical economics: topics in multisectoral economics. London: Longman, 1978.

Downloads

Publicado

2016-02-25

Como Citar

Costa, F. de A. (2016). Polaridades e desenvolvimento endógeno no sudeste paraense. Interações (Campo Grande), 6(10). https://doi.org/10.20435/interações.v6i10.513

Edição

Seção

Artigos