Motivações para migrar: as redes sociais e o processo decisório do migrante contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v25i3.4133Palavras-chave:
migração, modelo histórico-estrutural, redes sociaisResumo
Neste artigo, objetivamos compreender as motivações que estimulam as migrações contemporâneas, assim como conhecer a relevância das redes sociais no processo decisório do migrante. Para isso, tomamos como ponto de partida o modelo histórico-estrutural, por meio do qual se visualizam os diversos fatores que influenciam a tomada de decisão pela migração, tornando-a uma análise de um contexto social sugestionado pelo capital, em vez de uma decisão única de cada indivíduo. Ainda, buscamos analisar a influência das redes sociais no processo migratório, por meio de entrevistas com migrantes nordestinos, que, atualmente, trabalham em frigoríficos de processamento de aves nas cidades de Forquilhinha e de Nova Veneza (cidades situadas no Sul do estado de Santa Catarina, onde estão localizados os dois maiores frigoríficos da região, os quais pertencem à JBS). Foi possível concluir que, para os migrantes deste artigo, a existência de uma rede de apoio no local de destino é preponderante para sua escolha na decisão de migrar ou, principalmente, para onde ir. Além disso, compreendeu-se que, por mais que seja uma decisão individual para o migrante, é no contexto social e, sobretudo, econômico, que reside a determinação por migrar. O artigo também evidencia o fato de que os migrantes estão mudando para cidades de pequeno porte, que dispõem de alta oferta de empregos.
Referências
ARAÚJO, Herton Heller; BOTELHO, Rosana Ulhoa; CODES, Ana Luiza Machado; SERRANO, Agnes de França; PINTO, Larissa de Morais. A migração interna dos jovens como alternativa para melhorar sua inserção no mundo do trabalho – evidências a partir dos censos de 2000-2010. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS [ABEP], 19., 24 a 28 de novembro de 2014, São Pedro, SP. São Paulo: ABEP, 2014. Disponível em: http://www.abep.org.br/~abeporgb/abep.info /files/trabalhos /trabalho_completo/TC-1-5-151-229.pdf. Acesso em: 17 fev. 2023.
CAMPOS, Marden Barbosa. A dimensão espacial das redes migratórias. Redes, Santa Cruz do Sul, v. 20, n. 3, p. 14–30, set./dez. 2015.
CASTRO, Fatima Velez. A influência das redes sociais na estruturação geográfica do projecto migratório. Lisboa: Imprensa da Universidade de Lisboa, 2016. (Redes, capital humano e geografias da competitividade). Disponível em: https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/39067/1/A%20influencia%20das%20redes%20sociais.pdf Acesso em: 18 fev. 2023.
DUHRAN, Eunice R. A caminho da cidade. São Paulo: Perspectiva, 1973.
GOMES, Nayhara Freitas Martins. Municípios de pequeno porte do sudeste brasileiro: dinâmica migratória e aspectos econômicos. 2019. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2019.
HARVEY, David. Espaços de esperança. 7. ed. São Paulo: Loyola, 2010.
LEE, Everett S. A theory of migration. Demography, [s.l.], v. 3, n. 1, p. 47–57, 1966.
OBSERVATÓRIO DAS MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS [OBMIGRA]. O observatório. Portal de Imigração Laboral, [s.l.]. 25 mar. 2019. Disponível em: https://portaldeimigracao.mj.gov.br/pt/observatorio. Acesso em: 16 fev. 2023.
PORTELLI, Alessandro. O que faz a história oral diferente. Projeto História, São Paulo, v. 14, fev. 1997.
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. 5. ed. São Paulo: EDUSP, 2013.
SINGER, Paul. Globalização e desemprego: diagnóstico e alternativas. 8. ed. São Paulo: Contexto, 1998.
THOMSON, Alistair. História (co)movedoras: história oral e estudos de migração. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 22, n. 44, p. 341–64, 2002.
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL [TSE]. Resultados das eleições de 2022. Portal do TSE, Brasília-DF, 2022. Disponível em: https://resultados.tse.jus.br/oficial/app/index.html#/eleicao/resultados. Acesso em: 30 out. 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 João Henrique Zanelatto, Gabriela Rech Salib, Dimas de Oliveira Estevam
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.