Informalidade e vulnerabilidade psicossocial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v24i3.4091

Palavras-chave:

informalidade, vulnerabilidade, trabalho

Resumo

Em decorrência da grave crise econômica a qual o país vem enfrentando, o presente artigo discute os impactos a que trabalhadores informais se veem diariamente expostos, reconhecendo que não se restringem ao âmbito concreto e objetivo, como, por exemplo: a falta de respaldo legal e burocrático por parte de suas funções ocupacionais; circunstâncias físicas e do ambiente de trabalho; acesso a mercadorias, entre outros, mas também, ao aspecto simbólico e cultural desse processo. Sob a ótica psicossocial, o indivíduo constituído pelas esferas sociais, econômicas, políticas e culturais, caracterizado por um sistema dinâmico e dialético, apropria-se dos elementos simbólicos conferindo sentidos e significados às suas atividades como parte de sua formação no mundo. Dessa forma, a proposta apresentada tem como objetivo principal discutir o fenômeno da informalidade sob a ótica psicossocial, por meio de revisão bibliográfica narrativa, a partir de um olhar atento às mudanças do cenário sociopolítico e econômico do país nos últimos anos, assim como a amplitude das novas formas de trabalho, guardando com atenção a heterogeneidade dos contextos. Os resultados apontam para os desafios científicos referentes ao tema, identificam alguns riscos psicossociais relacionados ao trabalho informal − como relações sociais degradadas; falta de suporte social; inseguranças no trabalho; imprevisibilidade quanto à remuneração; sentimento de vulnerabilidade e descartabilidade –  e postulam sugestões quanto a modelos de intervenções.

Biografia do Autor

Eveli Freire Vasconcelos, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Doutora, mestra e graduada em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Atua como docente e supervisora de estágio no Curso de Graduação em Psicologia. Tem experiência em Psicologia, Organizações e Trabalho, atuando principalmente em temas da área: gestão de pessoas, comportamento organizacional.

Ana Karolyna Branquinho da Costa, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Formada em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Participante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia Organizacional e do Trabalho Atualmente, trabalha como psicóloga organizacional e do trabalho.

Gabrielle da Valle Oliveira, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Graduada em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco. Pós-graduada em Neuropsicologia pelo Hospital Albert Einstein. Participou de iniciação científica nas áreas de neurociência e comportamento, sendo bolsista CNPq 2019B/2019A. Atua como neuropsicóloga clínica e psicóloga clínica com foco em Terapia Cognitivo-Comportamental.

Katiusci Lemes Pereira , Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Psicóloga formada pela Universidade Católica Dom Bosco. Gerencia um Instituto de Psicologia localizado na cidade de Campo Grande - MS e presta assistência a psicólogos da área da avaliação psicológica, com testes e materiais de apoio.. É psicóloga clínica com foco em Análise do Comportamento e Terapia Comportamental Dialética. Faz trabalhos focados em desenvolvimento de competências em gestão e gerência.

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Publicado

2023-10-20

Como Citar

Vasconcelos, E. F. ., Costa, A. K. B. da, Oliveira, G. da V. ., & Pereira , K. L. . (2023). Informalidade e vulnerabilidade psicossocial. Interações (Campo Grande), 24(3), 1073–1086. https://doi.org/10.20435/inter.v24i3.4091