Educação e sustentabilidade: o porvir dos povos indígenas no ensino superior em Mato Grosso do Sul
DOI:
https://doi.org/10.20435/interações.v11i1.376Palavras-chave:
Educação superior. Sustentabilidade e interculturalidade.Resumo
Nos últimos anos, o governo brasileiro tem adotado medidas de ações afirmativas na área educacionalvisando promover a equidade e a inclusão social das populações desfavorecidas e, entre elas, os povos indígenas.Passados os anos e, com os avanços na implementação dos direitos constitucionais dos povos indígenas, aumenta aprocura destes por educação, inclusive o ensino superior que, até três a quatro anos atrás, apresentava uma demandamuito tímida. Neste cenário, duas Universidades vêm se destacando, a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB),pela sua trajetória histórica no trabalho dos salesianos com os povos indígenas e a Universidade Estadual de MatoGrosso do Sul (UEMS) que, a partir de 2003, instituiu uma política de cotas e de bolsas para esse importantesegmento no Estado de Mato Grosso do Sul. Este trabalho se insere neste contexto, apresentando dados relativos àsituação dos acadêmicos indígenas em MS e se propõe também a contribuir para o debate sobre o porvir daspopulações indígenas no ensino superior, entendendo ser a educação reconhecida por eles como um dos elementoschaves para a viabilização de seus projetos de autonomia e sustentabilidade e o grande desafio posto as instituiçõesde ensino superior no que tange à construção de relações mais simétricas e à promoção do diálogo intercultural emseus espaços acadêmicos.Referências
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