Políticas públicas de emprego e renda no Paraná e sua efetividade
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v22i2.2661Palavras-chave:
mercado de trabalho, Teoria do Capital Humano, emprego, qualificação profissional, Ponta GrossaResumo
Os governos devem desenvolver políticas públicas de emprego e renda voltadas para a qualificação profissional, inclusão produtiva e promoção do emprego formal. A Teoria do Capital Humano defende que, quanto mais uma pessoa investe em conhecimento, maiores suas chances de alcançar melhores posições no mercado de trabalho e também aumentar a renda. Nesse contexto, o objetivo de pesquisa foi analisar as políticas públicas de emprego e renda na cidade de Ponta Grossa e suas relações nos níveis de emprego formal no período de 2015 a 2017. Esta pesquisa caracterizou-se como descritiva, com abordagem de métodos mistos, e a coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas e aplicação de questionários. Para análise, utilizou-se a técnica de análise do conteúdo e testes estatísticos diversos. Os resultados mostraram que quatro instituições públicas estão envolvidas com as políticas de emprego e renda da cidade, sendo elas a Agência SINE, a Sala da Qualificação, o Serviços de Obras Sociais e o Conselho Municipal do Trabalho. Os resultados da pesquisa com os trabalhadores apontaram que os pesquisados estão satisfeitos com as políticas atuais. Nas entrevistas realizadas com os representantes das empresas, ficou evidente o interesse e a satisfação com as políticas, principalmente as voltadas à qualificação profissional, mas com lacunas existentes. Por fim, apresentou-se uma agenda com algumas sugestões para aperfeiçoamento das políticas existentes.
Referências
ALMEIDA, E. P.; PEREIRA, R. S. Críticas à teoria do capital humano: uma contribuição à análise de políticas públicas em educação. Revista de Educação Pública, Cuiabá, v. 9, n. 15, p. 121-39, 2000.
ALVES, E. L. G.; VIEIRA, C. A. Qualificação profissional: uma proposta de política pública. Revista Planejamento e Políticas Públicas, Brasília, v. 1, n. 12, p. 117-44, 1995.
AMADEO, E. J.; ASSUNÇÃO, J. J.; FIRPO, S. P.; GONZAGA, G.; REIS, M. C.; ULYSSEA, G.; PESSOA, S. A. Instituições trabalhistas e desempenho do mercado de trabalho no Brasil. In: INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA [IPEA]. Brasil: o estado de uma nação. Brasília: IPEA, 2006. p. 230-303.
BECKER, G. S. Human capital: a theoretical and empirical analysis, with special reference to education. 3. ed. New York: The University of Chicago, 1993. Disponível em: http://www.nber.org/books/beck94-1. Acesso em: 23 mar. 2018.
BETCHERMAN, G. Labor market regulations: what do we know about their impacts in
developing countries? The World Bank Research Observer, Washington, v. 30, n. 1, p. 124-53, 2014.
BRASIL. Ministério do trabalho. Rede de atendimento. Brasília-DF, 2017. Disponível em: http://trabalho.gov.br/rede-de-atendimento. Acesso em: 15 fev. 2018.
BRASIL. Ministério do trabalho e emprego. Manual da aprendizagem: o que é preciso saber para contratar o jovem aprendiz. Brasília-DF: MTE/SIT/SPPE, 2014.
CASTRO, C. M. Educação no Brasil: atrasos, conquistas e desafios. In: INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA [IPEA]. Brasil: o Estado de uma nação. Brasília: IPEA, 2006.
CHOWDHURY, S. A era do talento: obtendo alto retorno sobre o talento. Tradução de Sônia Midori. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2003.
COLBARI, A. L.; RAINHA, J. C. Arranjos institucionais “virtuosos” na dinâmica das políticas públicas de trabalho e renda. Revista de Pesquisa em Políticas Públicas, Brasília, v. 1, n. 3, 2014.
COUTINHO, A. R. Trabalho e qualificação profissional no trânsito das políticas. In: SILVA, L. A. M.; MADALOZZO, S.; MENDES, J. M. R. (Org.). Trabalho e proteção social. Ponta Grossa: Estúdio Texto, 2014.
CRESWELL, J. W. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010.
FIGUEIREDO, M.; FIGUEIREDO, A. C. Avaliação política e avaliação de políticas: um quadro de referência teórica. Revista Fundação João Pinheiro, Belo Horizonte, v. 1, n. 3, p. 108-29, 1986.
FIELD, A. Descobrindo a estatística usando o SPSS. 2. ed. Porto Alegre: Artmed. 2011.
FLICK, U. Desenho da pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed, 2009.
FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva. Um (re)exame das relações entre educação e estrutura econômico-social capitalista. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
GONÇALVES, C. A.; TEIXEIRA, K. M. D. Gênero e distribuição de renda: um estudo sobre o estado de São Paulo. Revista Gênero, Niterói, v. 18, n. 1, p. 56-74, 2017.
HERSEN, A. Decomposição dos diferenciais de rendimento do trabalho das regiões
metropolitanas e não metropolitanas brasileiras. 2009. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional e Agronegócio) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, PR, 2009.
JACINTO, P. A. Produtividade nas empresas: uma análise a partir da escolaridade e da dispersão da produtividade. In: NEGRI, F.; CAVALCANTE, L. R. (Org.). Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes. Brasília: ABDI/IPEA, 2015. v. 2.
KLOSOWSKI, L. A.; FERREIRA, M. S.; HERSEN, A.; TEIXEIRA, J. E. A dinâmica e o novo perfil do mercado de trabalho formal paranaense. Revista da RET, Rio de Janeiro, ano 6, n. 12, p. 81-98, 2013.
LUCAS JR., R. E. On the mecanics of economic development. Journal of Monetary Economics, Amsterdam, v. 22, n. 1, p. 3-42, 1988.
MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
MALSCHITZKY, N. Empregabilidade x empresabilidade: o ambiente empresarial deve estimular o desenvolvimento profissional. Revista FAE Business, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 41-59, jun. 2002.
MARINHO, D.; BALESTRO, M.; WALTER, M. I. (Org.). Políticas públicas de emprego no Brasil: avaliação externa do Programa de Seguro Desemprego. Brasília: Verbis, 2010.
MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MARTIN, J. P. Activation and active labour market policies in OECD countries: stylised facts and evidence on their effectiveness. IZA Journal of Labor Policy, Bonn, v. 4, n. 4, p. 1-29, 2015. https://doi.org/10.1186/s40173-015-0032-y
MINARELLI, J. A. Empregabilidade: o caminho das pedras. 17. ed. São Paulo: Gente, 1995.
MINCER, J. Investment in human capital and personal income distribution. Journal of Political Economy, Chicago, v. 66, n. 4, p. 281-302, 1958.
PERET, E. Desocupação cai para 12,3% no ano com recorde de pessoas na informalidade. IBGE Agência de notícias, [s.l.], 2018. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23652-desocupacao-cai-para-12-3-no-ano-com-recorde-de-pessoas-na-informalidade. Acesso em: 14 abr. 2019.
POCHMANN, M. Ajuste econômico e desemprego recente no Brasil metropolitano. Estudos Avançados, São Paulo, v. 29, n. 85, p. 7-19, 2015.
PONTA GROSSA (Município). Lei n. 5400/96, de 14 de março de 1996. Institui o conselho municipal de emprego e relações do trabalho. Ponta Grossa, 1996.
REIS, M. C; RAMOS L. Escolaridade dos pais, desempenho no mercado de trabalho e desigualdade de rendimentos. Revista Brasileira Economia, Rio de Janeiro, v. 65, n. 2, p. 177-205, 2011.
ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2011.
ROSA, F. A. S.; ZAMPIER, M. P.; STEFANO, S. R. Tipos de carreira: análise da produção científica. Revista RECAPE, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 358-73, 2017. https://doi.org/10.20503/recape.v7i1.32650
SCHULTZ, T. W. O valor econômico da educação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1964.
SOUZA, C. Políticas públicas: conceitos, tipologias e subáreas. In: SOUZA, C. A função Administração Pública na Bahia. Salvador, EUFBA, 2002. p. 65-86.
VIANA, G.; LIMA, J. F. Capital humano e crescimento econômico. Interações, Campo Grande, v. 11, n. 2, p. 137-48, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.