Novas institucionalidades na gestão de águas e poder local: os limites territoriais da democracia decisória

Autores

  • Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio
  • Rodrigo Constante Martins
  • Rodrigo Constante Martins

DOI:

https://doi.org/10.20435/interações.v5i8.548

Palavras-chave:

Localidade e gestão sócio-ambiental, Sociologia Política, Ruralidade.

Resumo

Neste estudo, analisam-se modelos inovadores de gestão das águas e dos recursos hidróbios, cujos fatoressão a descentralização e a inclusão de atores. Em tais modelos, os comitês de bacias hidrográficas confrontam-se aosprocessos tradicionais de gestão, em que as relações de domínio estabelecidas no território buscam a perpetuação dadominação. Nesse confronto, estruturas locais de poder reagem às inovações institucionais, mantendo assim adinâmica contraditória do espaço. Este estudo realizou-se nas Bacias Hidrográficas do Alto Paranapanema (SãoPaulo) e do Alto/Médio São Francisco (Minas Gerais), com base em práticas distintas de produção econômica e dereprodução social (agricultura e pesca).

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Publicado

2016-02-26

Como Citar

Lopes da Silva Valencio, N. F., Martins, R. C., & Martins, R. C. (2016). Novas institucionalidades na gestão de águas e poder local: os limites territoriais da democracia decisória. Interações (Campo Grande), 5(8). https://doi.org/10.20435/interações.v5i8.548

Edição

Seção

Artigos