Impactos ambientais causados pela extração de calcário em comunidade rural do semiárido potiguar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v24i3.3563

Palavras-chave:

extração de calcário, mineração, degradação ambiental, percepção socioambiental

Resumo

O desenvolvimento sustentável possui três dimensões: a social, a econômica e a de preservação ambiental. Nesse sentido, a atividade de mineração, por um lado, é uma oportunidade de geração de renda, sobretudo pelas dificuldades das atividades agrícolas no Semiárido potiguar, notadamente pelas limitações hídricas impostas pela natureza local. Por outro lado, além dos diversos impactos ambientais, há
as implicações da saúde humana, frequentemente associadas à exploração de calcário. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar os impactos ambientais causados pela extração de calcário no Sítio Brejinho, município de Upanema, Rio Grande do Norte, por meio da análise da percepção dos moradores e trabalhadores. É um estudo de caso que inclui as seguintes etapas: pesquisa bibliográfica, aplicação de entrevistas semiestruturadas com moradores locais e trabalhadores da referida atividade e elaboração de mapa de localização. A maioria dos entrevistados percebe que a tarefa causa impactos negativos no meio ambiente local. Porém, justificam que é a única fonte de renda para grande parte das famílias do Sítio Brejinho e de comunidades vizinhas. Assim, para os moradores e trabalhadores, os danos causados à natureza e à saúde humana, via mineração, são compensados pela renda gerada para as famílias, que subsistem economicamente por meio desta atividade laboral. Logo, é necessário aprimorar os processos tecnológicos, no sentido de preservar a saúde das pessoas, tais como os usos de EPIs, o monitoramento da vegetação e fauna, entre outros indicadores ambientais, em busca da sustentabilidade socioambiental.

Biografia do Autor

Ranielly Leticia da Silva, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.

Mestranda do programa Interdisciplinar em Cognição, Tecnologias e Instituições na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Graduada em Licenciatura Interdisciplinar em Educação do Campo, com habilitação em Ciências Naturais, pela UFERSA. Membro do grupo de pesquisa Observatório das Desigualdades Socioespaciais, Dinâmicas Territoriais e Usos do Território no Semiárido Brasileiro, ligado ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ).

Alan Martins de Oliveira, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.

Doutor em Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Mestre em Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM/UFERSA). Graduado em Agronomia pela ESAM. Professor Associado II na UFERSA. Professor Permanente do Programa do Pós-Graduação stricto sensu em Cognição, Tecnologia e Instituições, na UFERSA.

José Erimar dos Santos, Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.

Doutor e Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Licenciado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Professor Adjunto do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas (CCSAH) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

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Publicado

2023-10-20

Como Citar

Silva, R. L. da ., Oliveira, A. M. de ., & Santos, J. E. dos . (2023). Impactos ambientais causados pela extração de calcário em comunidade rural do semiárido potiguar. Interações (Campo Grande), 24(3), 893–909. https://doi.org/10.20435/inter.v24i3.3563