Formação de capital humano com vistas ao desenvolvimento das cidades impactadas pelo Corredor Rodoviário Bioceânico
DOI:
https://doi.org/10.20435/inter.v22i4.3443Palavras-chave:
Corredor Bioceânico, desenvolvimento, capital humano, formação profissionalResumo
O Corredor Rodoviário Bioceânico ligará os oceanos Pacífico ao Atlântico, passando pelo Brasil, Paraguai, Argentina até chegar aos portos do Chile. Tal empreendimento trará para o Estado de Mato Grosso do Sul significativas mudanças econômicas, sociais e ambientais. Por mais que este corredor seja uma rota de integração da América-latina e uma política estratégica, os países envolvidos são enfáticos em reconhecer que não somente será um corredor de passagem de mercadorias, mas sim trará o desenvolvimento a todas as regiões que se encontram no traçado desta rota. As cidades do Estado de Mato Grosso do Sul, onde o corredor terá acesso, com exceção da Capital Campo Grande, são cidades de pequeno porte e que poderão ser impactadas diretamente em diversos setores, como o de infraestrutura, turismo, lazer e hotelaria e gestão de negócios. Haverá necessidade de atendimento a questões laborais que surgirão, requerendo formações e qualificações profissionais para atendimento às novas demandas de trabalho. Assim, este estudo objetiva trazer pontuações sobre o desenvolvimento em suas diversas concepções, como também apontar possibilidades de qualificação profissional em inúmeras áreas que terão que ser priorizadas a curto, médio e longo prazo, para que o Estado de Mato Grosso do Sul consiga desenvolver sua mão de obra local. A partir de pesquisa bibliográfica e documental, concluiu-se que as ofertas de cursos técnicos e formação inicial e continuada para jovens e pessoas em gerais, poderão atender de forma positiva aos municípios de Mato Grosso do Sul por onde passar a Rota Rodoviária Bioceânica, formando e qualificando seu capital humano, com vistas ao desenvolvimento das localidades.
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