Para além da Rota Bioceânica: o artesanato indígena e o potencial do etnoturismo no sudoeste de Mato Grosso do Sul

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v22i4.3417

Palavras-chave:

Turismo, Práticas culturais, artesanato, ambiente

Resumo

O objeto deste artigo é a relação entre o artesanato indígena e o potencial etnoturístico no Sudoeste de Mato Grosso do Sul. Com a implantação da Rota Bioceânica, a propaganda governamental vem prometendo que esse corredor econômico irá estimular o turismo, daí o objetivo de sondar o potencial do etnoturismo na referida região, que sofrerá diretamente grande impacto em decorrência desse megaempreendimento. O referencial teórico-metodológico parte do pressuposto básico de que as produções humanas decorrem, necessariamente, do trabalho, daí a necessidade de tratá-las como relações sociais. Portanto, o objeto de investigação só ganha compreensão dentro dos marcos mais gerais da sociedade capitalista, expressos por categorias como capital, trabalho, força de trabalho, mercado, mercadoria, entre outras. Em relação à metodologia, o levantamento de dados empíricos buscou fontes primárias de natureza documental e imagética, em especial fotografias. Também foram recuperadas observações sistemáticas em situação de trabalho, realizadas tanto em postos de produção quanto de comercialização de artefatos indígenas. Ainda foram levantadas fontes secundárias pertinentes ao objeto, tais como catálogos, artigos científicos, dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros e capítulos de livros. Para viabilizar o etnoturismo, a conclusão geral é a de que haja investimento num conjunto de iniciativas, pleiteado de forma integrada e contínua dentro de projeto de natureza permanente. Nesse conjunto, se fazem urgentes o aprimoramento dos artefatos étnicos; a recuperação e manutenção sistemática de estradas que dão acesso às terras indígenas, bem como a restauração, recuperação e adaptação de edificações já disponíveis nas aldeias visando adequá-las à oferta de serviços e produtos aos turistas.

Biografia do Autor

Gilberto Luiz Alves, Universidade Anhanguera Uniderp (UNIDERP)

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1969), mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1981), doutorado (1991) e estudos de pós-doutorado em Educação (1998) pela Universidade Estadual de Campinas. Professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1973-1998). Desde 2008 é professor pesquisador da Universidade Anhanguera-Uniderp.

Fábio Luciano Violin, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)

Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela Universidade Anhanguera Uniderp (2016). Mestre em Estratégias e Organizações pela Universidade Federal do Paraná (2002). Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1998). Graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário da Grande Dourados (1996). Professor assistente doutor na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Unesp no câmpus de Rosana.

Maristela Benites, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Possui graduação em Ciências Biológicas, Licenciatura Plena e Bacharelado, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2000) e mestrado em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2002). Atualmente é pesquisadora e educadora ambiental no Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

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Publicado

2021-12-14

Como Citar

Luiz Alves, G., Luciano Violin, F., & Benites, M. (2021). Para além da Rota Bioceânica: o artesanato indígena e o potencial do etnoturismo no sudoeste de Mato Grosso do Sul. Interações (Campo Grande), 22(4), 1335–1352. https://doi.org/10.20435/inter.v22i4.3417