Rota de Integração Latino-Americana e o estado de Mato Grosso do Sul: caracterização produtiva, ameaças e possibilidades de fomento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v22i4.3168

Palavras-chave:

integração produtiva, desenvolvimento regional, políticas públicas, Rota de Integração Latino Americana (RILA).

Resumo

A Rota de Integração Latino Americana (RILA) corresponde à materialização de um desejo antigo de integrar os povos da América do Sul. Tal caminho interligará importantes municípios do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. No Estado do Mato Grosso do Sul, ela ligará importantes municípios, trazendo oportunidades e ameaças. O objetivo do estudo foi analisar a estrutura produtiva dos municípios sul mato-grossenses que serão afetados diretamente pelo trajeto da RILA para melhor entender esse processo. Para tanto, utilizou-se análise exploratória dos dados espaciais (AEDE) e o Quociente Locacional Espacial (QLs) dos empregos setoriais dos municípios do Estado. Os resultados apontam uma desigualdade espacial nos setores produtivos, delimitando “ilhas setoriais”. No setor industrial, a região nordeste e o entorno da capital, Campo Grande, se destacam. A região nordeste do Estado também se destaca no setor da Construção Civil e, conjuntamente com a parte centro-norte do MS, no setor agropecuário. No setor do comércio, se destaca a região sul do MS, com proximidade do Paraguai. Já no setor de serviços é verificada uma concentração relativa na capital e no extremo sul do Estado. Conclui-se com a urgência de políticas públicas que ampliem as oportunidades e mitiguem as ameaças da integração gestada pela rota.

Biografia do Autor

Mateus Boldrine Abrita, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)

Possui graduação UFMS (2010), mestrado UEM (2012) e Doutorado UFRGS (2018) em Economia. Atualmente é professor efetivo da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, atuando nos cursos de Geografia Licenciatura e Bacharelado. Assessor de relações interinstitucionais e projetos estratégicos na UEMS, atual coordenador do Centro de Estudos de Fronteira General Padilha - CMO/UEMS e do Laboratório de eficiência e inovação na Gestão de Mato Grosso do Sul (LAB-GEIMS). Vice-líder do grupo de pesquisa GEFRONTTER - Grupo de Estudos em Fronteira, Turismo e Território e pesquisador do Grupo Macroeconomia Estruturalista do Desenvolvimento ambos registrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq.

Daniel Amorim Souza Centurião, West Virginia University (WVU)

Economista, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e mestre em Ciências Econômicas pela UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Doutorando em Economia pela West Virginia University - EUA. Principais áreas de pesquisa são economia regional, planejamento regional, desenvolvimento regional e políticas públicas.

Angelo Rondina Neto, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutor em economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) (2018), com período sanduíche na Bryant University (EUA) (2017), Mestre em economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) (2013) e Bacharel em ciências econômicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) (2010). Atualmente é Professor Adjunto do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Rafaella Stradiotto Vignandi, Universidade Federal de Rondonópolis (UFR)

É professora de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Rondonópolis (MT) e Pós-Doutoranda em Economia na Universidade de São Paulo (FEA-USP), Pesquisadora Associada do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Tecnologia Ambiental (PPGTA/UFR/UFMT) e Pesquisadora Visitante da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS). Doutora em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR).

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Publicado

2021-12-14

Como Citar

Boldrine Abrita, M. B., Amorim Souza Centurião, D. A. S., Rondina Neto, A., & Vignandi, R. S. (2021). Rota de Integração Latino-Americana e o estado de Mato Grosso do Sul: caracterização produtiva, ameaças e possibilidades de fomento. Interações (Campo Grande), 22(4), 1093–1111. https://doi.org/10.20435/inter.v22i4.3168