Análise da socialização organizacional dos servidores da Universidade Federal do Piauí

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v22i3.2923

Palavras-chave:

Socialização organizacional, Universidades Brasileiras, Servidores Públicos

Resumo

O estudo analisou a influência dos aspectos tempo de serviço, categoria funcional, lotação e tática de socialização sobre o ajustamento organizacional dos novos servidores da Universidade Federal do Piauí (UFPI), utilizando o método quantitativo com uma população de 453 servidores e amostra probabilística aleatória de 193 participantes. Para coleta de dados, foram utilizadas escalas de Chao et al. (1994), para medir o nível de socialização, e analisadas as informações por meio de estatística descritiva inferencial e correlacional. A pesquisa seguiu padrões éticos em todas as suas fases. Os resultados apontaram uma influência positiva dos fatores tempo de serviço e tática de socialização sobre o ajuste funcional dos servidores pesquisados, indicando a necessidade da adoção de ações intensificadas nos primeiros anos de exercício do servidor, bem como a aplicação de táticas apropriadas de ajustamento para o incremento do nível de sucesso e socialização desses profissionais em suas atividades no serviço público.

Biografia do Autor

Josivan Bernardes de Araújo, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Mestre em Administração Pública pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Graduado em Administração pela Universidade Federal do Piauí (UESPI). Coordenador de Recursos Humanos na UFPI.

Eulálio Campelo Filho, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Doutor em Administração pela Universidade de Karlsruhe, Alemanha. Mestre em Administração pela Universidade de Leicester. Graduado em Administração pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professor na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Alexandre Rabêlo Neto, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Doutor e mestre em Administração pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Professor Na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Referências

ALLEN, D. G. Do organizational socialization tactics influence newcomer embeddedness and turnover? Journal of Management, Memphis, v. 32, p. 237-56, 2006.

ALLEN, T. D.; EBY, L. T.; CHAO, G. T.; BAUER, T. N.. Taking stock of two relational aspects of organizational life: tracing the history and shaping the future of socialization and mentoring research. Journal of Applied Psychology, Washington, v. 102, n. 3, p. 324-37, 2017. doi: http://dx.doi.org/10.1037/apl0000086

ANDRADE, D. C. T. de. Socialização organizacional em uma IFES mineira em tempos de REUNI. 2001. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Lavras, MG, 2011.

ANDRADE, D. C. T.; RAMOS, H. R.; COSTA, D. M. D.; OLIVEIRA, D. R. A socialização organizacional dos servidores de uma IFES: em tempos de REUNI. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 14, n. 1, p. 670-91, 2016.

ANDRADE, D. C. T.; RAMOS, H. R.; OLIVEIRA, D. R. Inventário de socialização organizacional: (re) afirmado sua validade e consistência. Revista Pensamento e Realidade, São Paulo, v. 30, n. 3, p. 87-104, 2015.

ASHFORTH, B. E. The role of time in socialization dynamics. In: WANBERG, C. R. (Ed.). The Oxford handbook of organizational socialization. Oxford: Oxford University Press, 2012. p. 161-86.

ASHFORTH, B. E.; SLUSS, D. M.; SAKS, A. M. Socialization tactics, proactive behavior and newcomer learning: integrating socialization models. Jornal of behavior, Atlanta, v. 70, n. 1, p. 447-62, 2007.

BAUER, T. N; ERDOGAN, B. Organizational socialization: the effective onboarding of new employees. In: ZEDECK, S. et al. (Ed.). APA: Portland, 2011. p. 51-64. (APA Handbook of I/O Psychology, v. 3).

BAUER, T. N.; BODNER, T.; ERDOGAN, B.; TRUXILLO, D. M.; TUCKER, J. Newcomer adjustment during organizational socialization: a meta-analytic review of antecedents, outcomes, and methods. Journal of Applied Psychology, Washington, v. 92, n. 3, p. 707-21, 2007.

BEYERS, S. J. Conceptual and methodological challenges in the study of european socialization. Journal of European Public Policy, Londres, v. 17, n. 1, p. 909-20, 2010.

BEZERRA, A. F. A. Análise multivariada: para cursos de administração, ciências contábeis e economia. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2014.

BISTAFFA, B. C. Incorporação de indicadores categóricos ordinais em modelos de equações estruturais. 2010. 142 f. Dissertação (Mestrado em Estatística) – Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2010.

BORGES, L. O.; SILVA, F. H. V. C.; MELO, S. L.; OLIVEIRA, A. S. Reconstrução e validação de um inventário de socialização Organizacional. Revista de Administração Mackenzie, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 125-46, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Plano de desenvolvimento institucional (PDI) da universidade federal do Piauí 2015-2019. Teresina: EDUFPI, 2015.

CARVALHO, V. D. Resiliência e socialização organizacional de novos servidores: um estudo transcultural. 2009. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2009.

CARVALHO, V. D.; BORGES, L. O.; VIKAN, A. Socialização organizacional: estudo comparativo entre servidores públicos brasileiros e noruegueses. REAd, Porto Alegre, v. 72, n. 2, p. 339-371, 2012.

CHAO, G. T.; O’LEARY-KELLY, A. M.; WOLF, S.; KLEIN, H. J.; GARDNER, P. S. Organizational socialization: its content and consequences. Journal of Applied Psychology, Washington, v. 79, n. 5, p. 730-43, 1994.

COOPER-THOMAS, H. D.; ANDERSON, N. Organizational socialization: a new theoretical model and recommendations for future research and HRM practices in organizations. Journal of Managerial Psychology, Bingley, v. 21, n. 5 p. 170-93, 2006.

CORRAR, L. J.; PAULO, E.; DIAS FILHO, J. M. (Coord.). Análise Multivariada: para os cursos de administração, ciências contábeis e economia. São Paulo: Atlas, 2009.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.

FIELD, A. Descobrindo a Estatística usando o SPSS. 2. ed. Porto Alegra: Artme, 2009.

FIELD, R.; COERTZER, A. The effects of organisational socialisation on individual and organisational outcomes: a review of the literature and directions for future research. Labour, Employment and Work in New Zealand, Wellington, v. 6, p.524-33, 2008.

HAIR JR., J. F.; BLACK, W. C.; BABIN, B. J.; ANDERSON, R. E.; TATHAM, R. L.; GOUVÊA, M. A.; SANT’ANNA, A. S. Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

HAUETER, J. A., MACAN, T. H.; WINTER, J. Measurement of newcomer socialization: construct validation of a multidimensional scale. Journal of Vocational Behavior, Washington, v. 63, n. 1, p. 20-39, 2003.

HERNANDEZ-SAMPIERI, R.; COLLADO, C. F.; LUCIO, M. P. B. Metodologia de pesquisa. 5. ed. Porto Alegre: Penso, 2013.

JONES, G. R. Socialization tactics, self-efficacy and newcomers' adjustments to organizations. Academy of Management Journal, Nova York, v. 29, p. 262-79, 1986.

LACOMBE, F. J. M. Recursos humanos: princípios e tendências. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

LOUIS, M. R. Surprise and sense making: what newcomers experience in entering unfamiliar organizational settings. Administrative science quarterly, Nova York, v. 25, n. 1, p. 226-51, 1980.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2010.

MODESTO, P. Estágio probatório: questões controversas. Revista Eletrônica de Direito de Estado, Salvador, v. 10, n. 1, p. 1-27, 2007.

MOYSON, S.; RAAPHORST, N.; GROENEVELD, S.; VAN DE WALLE, S. Organizational socialization in public administration research: a systematic review and directions for future research. The American Review of Public Administration, Thousand Oaks, v. 10, p. 1-18, 2017.

OLIVEIRA, S. D. C. et al. A socialização organizacional dos servidores da UFRN, segundo grupo ocupacional e tempo de serviço. Revista Psicologia, Florianópolis, v. 8, n. 1, p. 118-41, 2008.

PERROT, S.; BAUER, T. N.; ABONNEU, D.; CAMPOY. E.; ERDOGAN, B.; LIDEN, ROBERT. C. Organizational socialization tactics and newcomer adjustment: the moderating role of perceived organizational support. Group & Organization Management, Nova York, v. 39, n. 1, p. 67-94, 2014.

POCOCK, S. J. Clinical trials-a practical approach. New York: John Wiley & Sons, 1989.

SILVA, A. H.; FOSSA, M. I. T. O processo de socialização organizacional como estratégia de integração indivíduo e organização. REUNA, Belo Horizonte, v. 18, n. 4, p. 5-20, 2013.

SNELL, S.; BOHLANDER, G. Administração de recursos humanos. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

TAORMINA, R. J. Convergent validation of two measures of organizational socialization. The International Journal of Human Resource Management, Londres, v. 15, n. 1, p. 76-94, 2004.

TOMAZZONI, G. C.; COSTA, V. M. F.; SANTOS, A. S. Do exercício a efetivação: analisando a socialização organizacional. RPCA, Rio de Janeiro, v. 10, n. 2, p. 80-92, 2016.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ [UFPI]. Sistema integrado de recursos humanos. Piauí: UFPI, 2018.

VAN MAANEN, J.; SCHEIN, E. H. Toward a theory of organization socialization. Research in Organizational Behavior, Londres, v. 1, n. 1, p. 209-64, 1979.

Downloads

Publicado

2021-11-03

Como Citar

Araújo, J. B. de, Campelo Filho, E., & Rabêlo Neto, A. (2021). Análise da socialização organizacional dos servidores da Universidade Federal do Piauí. Interações (Campo Grande), 22(3), 1013–1031. https://doi.org/10.20435/inter.v22i3.2923