A cinesioterapia no tratamento da dismenorréia primária
DOI:
https://doi.org/10.20435/multi.v0i24.900Palavras-chave:
dismenorréia, 2. fi sioterapia, 3. ginecologiaResumo
A dismenorréia faz parte dos distúrbios da menstruação e, deacordo com sua forma clínica, é classifi cada em primária e secundária.A dismenorréia primária tem como característica a ausência de doençapélvica ginecológica e acomete cerca de 50% das mulheres sendo umadas principais causas de incapacitação funcional por um (1) a três (3) dias mensais. Fez-se necessário, portanto, a pesquisa de um tratamentofi sioterápico que atuasse na amenização dos seus sintomas, quesão: dor em cólica no baixo ventre que pode irradiar-se para a região metamírica do útero na coluna tóracolombar (T10 – L1) e para regiãomedial das coxas (semelhante a dor do trabalho de parto), visto que, até o presente momento, o protocolo de atendimento fisioterápico nadismenorréia primária é escasso e pouco conhecido e utilizado. Os exercícios propostos foram baseados nos movimentos pélvicos da dançado ventre, construindo um paradigma teórico-prático inovador para a Fisioterapia. O motivo da escolha desses movimentos está no fato detrabalharem a cintura pélvica e os músculos que circundam os órgãos internos, inclusive o útero, fazendo com que através do exercício haja um aumento na circulação local favorecendo a atividade miouterina durante o escoamento do fluxo menstrual. A pesquisa fora realizadano Stúdio Márcia Lima, Campo Grande/MS, em quatro (04) mulheres, entre 17 e 30 anos, em duas (2) sessões semanais de quarenta e cinco (45) minutos num período de quatro (4) meses. Cada sessão incluia longamentos; os exercícios pélvicos (oito para frente, oito para trás, oito para cima, oito para baixo, camelo, redondo médio e redondo de contração, relaxamento e orientações). Os resultados obtidos foram positivos e abrem horizontes no que diz respeito à intervenção fisioterápicana dismenorréia primária. Não se sabe, ao certo, que fatores levaram a tais resultados: se por reduzir a isquemia uterina e aumentar sua vascularização; por atuar na inibição das prostaglandinas ou por intervir nos fenômenos neurohormonais. Mas concluiu-se que pelosexercícios propostos houve redução dos sintomas das pacientes, o quetorna este trabalho um material viável na melhora da qualidade de vida de mulheres que sofrem com dismenorréia primária e uma pequena contribuição à sociedade e à ciência no campo da saúde.Referências
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