A utilização da massoterapia associada à cinesioterapia como forma de tratamento complementar na Síndrome da Pele Dura do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.20435/multi.v0i24.894Palavras-chave:
1. Massoterapia, 2. Cinesioterapia, 3. Síndrome da Pele Dura do Paraná.Resumo
O presente estudo teve base nas ações da massoterapia no único portador ainda vivo diagnosticado da Síndrome da Pele Dura do Paraná, subdivisão das Esclerodermia Congênita, de rara incidência, que apresenta algumas particularidades. Nesta síndrome, a pele de todo o corpo torna-se rígida como uma couraça, contendo as estruturas subjacentes e provocando complicações osteomioarticulares generalizadase hiperpigmentação cutânea. A diminuição progressiva da amplitude articular dos movimentos gera anquiloses, levando à deformidade sem semi-flexão, do tipo postura simiesca e restrição da deambulação. Observa-se também deformidade torácica com protusão esternale redução na expansibilidade, levando à insuficiência respiratória, causa principal de óbitos. O quadro geral leva ainda ao retardo do crescimento físico, sem alterações cognitivas. O paciente em questão, com oito anos de idade, recebe atendimento fisioterapêutico desde os quatro anos com técnicas de cinesioterapia, e aos seis foi introduzida a massoterapia. O atendimento durante a pesquisa foi realizado na Clínica Escola-Fisioterapia da Universidade Católica Dom Bosco, com frequência de três vezes por semana, no período de março a outubro de dois mil. Quando comparado aos portadores anteriormente descritos na literatura, comprovou-se que o acompanhamento fisioterapêutico contribuiu para minimização das deformidades e comprometimentos inevitáveis da síndrome. Frente a essas alterações o tratamento eleito foi a massoterapia em conjunto com a cinesioterapia, com intenção de obter ganho na amplitude articular dos movimentos e melhora na cicatrização e estado geral da pele. Manobras de massagem clássica como deslizamento, amassamento e fricção foram protocoladas e, através da inspeção e palpação dos tecidos, comprovou-se os seus efeitos fisiológicos. No tecido epitelial houve redução da retração tegumentar, aumento da circulação superficial, auxiliando a cicatrização, com redução da hiperpigmentação e lesões da pele. No músculo ocorreu aumento na elasticidade e relaxamento tônico, principalmenteem quadríceps e adutores da coxa. No sistema articular observou-seganho na flexibilidade e amplitude de movimento, que foi comprovado pelos valores obtidos através de avaliações goniométricas previamente protocoladas. A coleta dos dados foi realizada sistematicamente a cadatrês meses e posteriormente mostrada e comparada através de uma tabela com os valores em graus dos movimentos de cada articulação.Outro parâmetro adotado foi estudo fotográfico do paciente durante o período da pesquisa para avaliação postural. Houve melhora no quadro geral do paciente, concluindo-se que a massoterapia é um recurso útil para controle dos comprometimentos inevitáveis da síndrome.Referências
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