Pesquisando sobre as representações do cientista durante o curso de Graduação em Biologia: uma estratégia didática visando à formação de professores de Ciências
DOI:
https://doi.org/10.20435/multi.v0i35.864Palavras-chave:
concepção de cientista, concepção de Ciência, formação do professor.Resumo
A epistemologia do professor pode influenciar as suas ações como educador. Atentando para essa questão, o Curso de Biologia da Universidade Católica Dom Bosco, por meio da disciplina de Estágio Supervisionado, desenvolveu uma atividade de pesquisa/reflexão, envolvendo os acadêmicos e alunos do ensino fundamental, com objetivos de(1) conhecer as concepções de alunos sobre os cientistas, (2) cotejá-las com as concepções dos acadêmicos e (3) refletir sobre o papel dessas concepções nas ações como educador em ciências. O trabalho realizado mostrou que os alunos do ensino fundamental, assim como os acadêmicos, conservavam uma imagem estereotipada do cientista e, por conseqüência,da própria ciência. O cientista é visto como uma pessoa do sexo masculino, um inventor e descobridor que executa suas atividades nos laboratórios. A partir dessas constatações, e por meio de discussões acompanhadas do docente da disciplina de Estágio Supervisionado, os acadêmicos foram estimulados a refletir e rever suas próprias concepções de ciência e a compreender a importânciado professor na (re) construção dessas concepções nos alunos.Referências
ABD-EL-KHALICK, F; BELL, R. L.; LEDERMANN, N. G. The nature of science and instructional practice: making the unnatural natural. Science Education, v. 82, n. 4, p. 417-436, 1998.
BERNAL, J. D. Historia Social de la ciencia, 1, La ciencia en la historia. Barcelona: ediciones peninsula, 1989.
BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1982.
BOURDIEU, P. O campo científico. In: ORTIZ, R. (Org.), FERNANDES, F. (Coord.). Pierre Bourdieu: Sociologia. São Paulo: Ática, 1983. p.122-155.
DUVEEN, G. Crianças enquanto atores sociais: as representações sociais em desenvvolvimento. In: Guareschi, P. A.; Joychelovitch, S. (orgs.). Textos em representações sociais. 8 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1995. p. 261-293.
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
HARRES, J. B. S. Concepções sobre a natureza da ciência. 1999. Tese (Doutorado em Educação). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1999.
HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 1998.
KUHN, T. S. A função do dogma na investigação científica. In: DE DEUS, J. D. (Org.). A crítica da ciência. Rio de Janeiro: Zahar, 1974. p.53-80.
LANE, S. T. M. Usos e abusos do conceito de Representação Social. In: SPINK, M. J. P. (org.) Conhecimento no cotidiano: as Representações sociais na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1995.
MAYR, E. O desenvolvimento do pensamento biológico. Brasília: UnB, 1998.
POPPER, K. R. A ciência normal e seus perigos. In: LAKATOS, I.; MUSGRAVE, A. (Orgs.). A crítica e o desenvolvimento do conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979. p. 63-71.
PORLÁN, R.; RIVERO, A.; MARTÍN DEL POZO, R. Conocimiento profesional y epistemologia de los profesores II: estudios empíricos e conclusiones. Enseñanza de las Ciencias, v. 16, n. 2, 271-289, 1998.
SÁ, C. P. Representações sociais: o conceito e o estado atual da teoria. In: Spink, M. J. P. (org.) Conhecimento no cotidiano: as representações sociais na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1995.
SPERB, M. H. B. Brincando de cientista: experimentos favorecem a construção do conhecimento físico. Revista do Professor, Porto Alegre, v. 17, n. 67, p. 33-36, jul./set. 2001.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os artigos publicados na Revista Multitemas têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.