Migrânea crônica e comorbidades: prevalência e tratamento farmacológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/multi.v30i74.4716

Palavras-chave:

transtornos de enxaqueca, doenças, uso excessivo de medicamentos prescritos

Resumo

Este artigo tem como objetivo avaliar a carga de doenças e medicamentos em indivíduos com enxaqueca crônica - condição comum e incapacitante que afeta a qualidade de vida estando associada à redução de aspectos laborais e pessoais. A maioria dos casos apresenta diversas comorbidades e faz uso de polifarmácia. A população tinha entre 18 e 60 anos, ambos os sexos, com diagnóstico de enxaqueca crônica seguindo a Classificação Internacional de Cefaleias, 2013. Para analisar a carga da doença, foram aplicados questionários autoaplicáveis ​​e a Escala de Avaliação de Doenças Cumulativas (CIRS). 95,4% apresentavam outra doença ativa, principalmente transtornos depressivos e ansiosos; polifarmácia foi observada em 58,6%.Os medicamentos mais utilizados foram os anticonvulsivantes. Indivíduos com condições psiquiátricas apresentaram os maiores escores de doença cumulativa. O estudo mostra que a enxaqueca crônica tem extensa carga de doença e medicação, e que a mais relevante diz respeito ao domínio psiquiátrico, responsável pelas condições médicas associadas mais prevalentes e medicação concomitante.

 

Biografia do Autor

Fernanda Rosa Willrich Gehlen, Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Especialista em Acupuntura Médica pela Associação Médica Brasileira. Residência em Infectologia pela UFPR. Graduação em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná. Médica Infectologista da Secretaria Municipal de Saúde de Piraquara-PR.

Dra Caroline Mensor Folchini, Universidade Federal do Paraná

Mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduação em Farmácia pela Instituto Federal do Paraná. Farmacêutica não cega em pesquisas com enfoque na neurologia no Instituto de Neurologia de Curitiba. Ministra aulas de farmacologia, Intro. Ciências Farmacêuticas e Bases Farmacêuticas na Unicesumar.

Dr Pedro André Kowacs, Instituto de Neurologia de Curitiba

Mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduação em Medicina pela Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre.Residência em Neurologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.  Coordenador do Setor de Cefaleias e Dor do Serviço de Neurologia do Hospital de Clínicas da UFPR.

Dra Viviane Flumignan Zetola, Universidade Federal do Paraná

Doutora em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Graduada em Medicina pela UFPR. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna e Ciências da Saúde da UFPR. Atualmente conduz 6 pesquisas clínicas na área de tratamento emergencial e prevenção secundaria da Doença Cerebrovascular.

Referências

AILANI, J.; BURCH, R. C.; ROBBINS, M. S. The board of directors of the American Headache Society. The American Headache Society Statment: update on integrating nem migraine treatments into clinical practice. Headache, [S. l.], v. 61, n. 7, p. 1021-1039, 2021.

BURCH, R. C.; BUSE, D. C.; LIPTON, R. B. Migraine: epidemiology, burden, and comorbidity. Neurol Clin., [S. l.], v. 37, n. 4, p. 631-649, 2019.

CÁMARA-LEMARROY, C. R.; RODRIGUEZ-GUTIERREZ R.; MONREAL-ROBLES R.; MARFIL-RIVERA A. Gastrointestinal disorders associated with migraine: A comprehensive review. World J Gastroenterol, [S. l.], 2016; v. 22, n. 36, p. 8149-8160, 2016.

CUCIUREANU, D. L.; BISTRICEANU, C. E.; VULPOI G.-A.; CUCIUREANU T.; ANTOCHI, F.; ROCEANU, A.-M. Migraine comorbidities. Life, [S. l.], v. 14, n. 1, 2024.

D'AMICO, D.; SANSONE, E.; GRAZZI, L.; GIOVANNETTI, A. M.; LEONARDI, M.; SCHIAVOLIN, S.; RAGGI, A. Multimorbidity in patients with chronic migraine and medication overuse headache. Acta Neurol Scand., [S. l.], v. 138, n. 6, p. 515-522, 2018.

GBD. Occupational Risk Factors Collaborators. Global and regional burden of disease and injury in 2016 arising from occupational exposures: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Occup Environ Med., [S. l.], v. 77, n. 3, p. 133-141, 2020.

HEADACHE CLASSIFICATION COMMITTEE OF THE INTERNATIONAL HEADACHE SOCIETY [IHS]. The International Classification of Headache Disorders, 3rd edition. Cephalalgia, [S. l.], v. 38, n. 1, p. 1-211, 2018.

HOVAGUIMIAN, A.; ROTH, J. Management of chronic migraine. BMJ, [S. l.], p. 379, 2022

JEYAGURUNATHAN, A.; ABDIN E.; VAINGANKAR, J. A.; CHUA, B. Y.; SHAFIE, S.; CHANG, S. H. S.; JAMES L.; TAN, K. B.; BASU, S.; CHONG, S. A.; SUBRAMANIAM, M. Prevalence and comorbidity of migraine headache: results from the Singapore Mental Health Study 2016. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol., [S. l.], v. 55, n. 1, p. 33-43, 2020.

MILLER, M. D.; TOWERS, A. A manual of guidelines for scoring the Cumulative Illness Rating Scale for Geriatrics (CIRS-G). Pittsburg: University of Pittsburgh, 1991. p. 2-31

PERES, M. F. P.; QUEIROZ, L. P.; ROCHA-FILHO, P. S.; SARMENTO, E. M. Migraine: a major debilitating chronic non-communicable disease in Brazil, evidence from two national surveys. The Journal of Headache and Pain, [S. l.], v. 20, n. 85, 2019.

QUEIROZ, L. P.; SILVA JUNIOR, A. A. The prevalence and impact of headache in Brazil. Headache, [S. l.], v. 55, suppl. 1, p. 32-38, 2015.

SCHER, A. I.; WANG, S. J.; KATSARAVA, Z.; BUSE, D. C.; FANNING, K. M.; ADAMS, A. M.; LIPTON, R. B. Epidemiology of migraine in men: Results from the Chronic Migraine Epidemiology and Outcomes (CaMEO) Study. Cephalalgia, [S. l.], v. 39, n. 2, p. 296-305, 2019.

WEATHERALL, M. W. The diagnosis and treatment of chronic migraine. Ther Adv Chronic Dis., [S. l.], v. 6, n. 3, p. 115-123, may 2015.

YANG, C. P.; WANG, S. J. Sleep in patients with chronic migraine. Curr Pain Headache Rep., [S. l.], v. 21, n. 9, p. 39, 2017.

Downloads

Publicado

2025-03-07

Como Citar

Rosa Willrich Gehlen, F., Mensor Folchini, C., Kowacs, P. A., & de Hiroki Flumignan Zétola, V. (2025). Migrânea crônica e comorbidades: prevalência e tratamento farmacológico. Multitemas, 30(74), 189–201. https://doi.org/10.20435/multi.v30i74.4716