Artes de fazer dos Guarani Mbya: identidade e cultura tradicional
DOI:
https://doi.org/10.20435/multi.v29i71.4294Palavras-chave:
Guarani Mbya, arte e estética, artesanato indígena, arte e conhecimentoResumo
Com a aplicação da interdisciplinaridade entre Antropologia, Etnologia, Etnografia e História, procura-se aquilatar o comprometimento mítico entre iniciativas artesanais provenientes de um passado ancestral e o processo de interculturalidade vivido pelos Mbya no Brasil. Por meio de saberes, o passado se torna presente e vivenciam-se no cotidiano como representativos de valores incursos na esfera mítica. A arte indígena pode ser avaliada como uma operação de renascimento na busca do mito, como fundadora da realidade. Na linha sugerida por Darcy Ribeiro, Cristina Pompa e Michel de Certeau, as manifestações artísticas indígenas são consideradas como ações expressivas do conceito de patrimônio cultural imaterial, perfazendo saberes tradicionais. Os artefatos traduzem, por eles próprios, um conjunto de recursos utilizados para a transmissão de saberes cosmológicos. Ao mesmo tempo, asseguram uma fonte de renda fronteiriça entre o espaço de suas aldeias e as áreas urbanas, dificilmente delimitável, dado o convívio entre o urbano, suburbano e fronteiriço.
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