A Estética Kitsch
DOI:
https://doi.org/10.20435/multi.v24i58.2686Palavras-chave:
Estética, Kitsch, Kundera, OntologiaResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar o conceito de kitsch como conceito estético e ontológico. Perpassamos pelo seu significado etimológico e histórico através da perspectiva de Abraham Moles; caracterizamos os 4 tipos de kitsch na ótica da pesquisadora Sêga: imitação, exagero, ocupar um espaço errado e perda da função original; aprofundamos o olhar ético de Hermann Broch acerca do estilo kitsch como má arte e concluímos o estudo com a perspectiva de Milan Kundera, em que o autor tcheco conceitua como um aspecto de negação da “merda” humana, ou seja, kitsch seria a tentativa humana de ignorar as próprias fragilidades e sombras existenciais. Buscando assim uma falsa beleza e harmonia que trouxesse uma sensação de paz e fim da tragédia.
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? In: ______. O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Tradução de Vinícius N. Honesko. Chapecó, SC: Argos, 2009. p. 55-73.
______. Espírito e espírito de época: ensaios sobre a cultura da modernidade. Tradução de Marcelo Backes; Trad. Posfácio Claudia Abeling). São Paulo: Benvirá, 2014.
______. Nietzsche e a Filosofia. Tradução de Ruth Joffily Dias. Rio de Janeiro: Rio, 1976.
FUENTES, Carlos. Geografia do Romance. Tradução de Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.
HEIDEGGER, Martin. Nietzsche I. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2007
______. Nietzsche: Metafísica e Niilismo. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro, Relume Dumará, 2000.
KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: O que é o Iluminismo? Disponível em: < http://www.lusosofia.net/textos/kant_o_iluminismo_1784.pdf > Acessado em: 10 de dezembro de 2014.
KUNDERA, Milan. A Arte do Romance. Tradução de Teresa Bulhões Carvalho. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1988.
______. A Insustentável Leveza do Ser. Tradução Teresa Bulhões Carvalho. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
______. Um Encontro. Tradução Teresa Bulhões Carvalho. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
______. A Cortina. Tradução Teresa Bulhões Carvalho. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
______. Os Testamentos Traídos. Tradução Teresa Bulhões Carvalho. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
MOLES, Abraham. O kitsch: a arte da felicidade. Tradução de Sérgio Miceli. São Paulo: Perspectiva, Ed. Da Universidade de São Paulo, 1972.
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
______. Assim Falava Zaratustra. Tradução de Mário Ferreira dos Santos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
______. Ecce Homo. Como cheguei a ser o que sou. Tradução de Mário Ferreira dos Santos. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
______. Vontade de Potência. Tradução de Mário Ferreira dos Santos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
______. A Gaia Ciência. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
SÊGA, Christina. O Kitsch e suas dimensões. Brasília: Casa das Musas, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Multitemas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos publicados na Revista Multitemas têm acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.