Campo Grande e o estado do Mato Grosso do Sul no centro da rota sul americana dos litorais atlântico e pacífico
Resumo
A crise no centro do capitalismo mundial, iniciada nos anos 70, e a resposta dos países sul americanos ampliando suas exportações dentro e fora do continente, envolveu não só o processo de formação de mercados regionais de acordos de livre comércio, como do estabelecimentode corredores de transporte interregional. Os primeiros acordos de transporte interregional iniciaram-se entre os países do Mercosul, na década de 70. Até novembro de 1996, já havia mais 5 países adeptos (Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela), quando foi aprovado um acordo de “transporte multimodal” em Monte vidéu, que deverá em breve ser operacionalizado. O Mato Grosso do Sul ocupa uma posição central no continente, tendo Campo Grande como centro geográfico do estado, que facilita articulação com todos os quadrantes da América do Sul e uma distância igual entre os portos dos dois oceanos. No entanto, o processo de ocupação humana e econômica iniciado nos litorais coloca esse território central numa posição periférica diante dos núcleos de ocupação litorâneos e um relativo isolamento diante dos portos marítimos de exportação. Esse estado conta, no entanto, a seu favor, com eixos infra-estruturais de transporte na disposição e orientação adequadas para os objetivos de circulação dos produtos. No entanto, necessitam ser integrados, reestruturados, revitalizados e finalizadas algumas obras já iniciadas, para tornar a circulação das mercadorias mais rápida e de menor custo, de forma a poder enfrentar a competitividade internacional. Campo Grande, criada no século passado, já conta com cerca de 700.000 habitantes, catalisando grande parte do dinamismo econômico regional, com base na cultura de cereais e pecuária e na agroindústria, e contendo o espaço mais fluído e conectado com as áreas externas. Por outro lado, por apresentar espaços quase virgens do ponto de investimentos fixos, a cidade mostra-se receptiva às inovações ligadas a infra-estruturas. As possibilidades que se apresentam a Campo Grande e ao Mato Grosso do Sul, na condição de centro de rota dos transportes regionais dentro do continente sul americano, dar-se-iam tanto na direção do oceano Atlântico como do Pacífico, a partir de um conjunto de corredores de transporte que poderão se estabelecer, ligando os dois oceanos (integração bioceânica). Para alguns estudiosos do assunto, Campo Grande formaria com Cuiabá e Santa Cruz de La Sierra um verdadeiro triângulo central de integração dentro do continente.Referências
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