Porto Murtinho: possibilidades de implantação de turismo de experiência, inovação e competitividade no Corredor Bioceânico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v24i4.4229

Palavras-chave:

Porto Murtinho, Corredor Bioceânico, turismo de experiência

Resumo

As características peculiares de uma localidade podem contribuir para que ela se torne uma importante fonte de interesse para o turismo. Investimentos na oferta de serviços qualificados, inovações e experiências únicas estão associados a geração de vantagem competitiva e fortalecimento da atratividade de destinos turísticos. O presente estudo teve como objetivo central identificar os principais fatores favoráveis e desfavoráveis para o desenvolvimento do turismo em um município eixo do Corredor Bioceânico, Porto Murtinho. Para tanta, focamos na pesquisa de natureza qualitativa, especialmente no levantamento documental, observação in loco e diálogo com a comunidade. Nosso processo de investigação ocorreu por meio de avaliação de documentos, entrevistas e vivências dialógicas e observacionais in loco. Nossos resultados apontaram que Porto Murtinho está caminhando rapidamente para um momento de colisão contra os desafios apresentados pelo Corredor Bioceânico. A constituição de um Núcleo Gestor do Turismo, bem como a criação do Fundo Municipal do Turismo, a potencialidade do turismo de observação de aves e da pesca esportiva, além da receptividade da comunidade murtinhense representam oportunidades de negócios para o município. Em contrapartida, a falta de qualificação profissional, a ausência de seccionais das principais entidades associativas de turismo e déficit na oferta de produtos turísticos, são aspectos que precisam de atenção diligente e podem inviabilizar a consolidação do turismo de experiência.

Biografia do Autor

Débora Fittipaldi Golçalves, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação strictu sensu em Desenvolvimento Local, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Doutora em Desenvolvimento Regional pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Doutora (sanduíche) na Universidade de Barcelona (UB) no Programa de Gestión de La Cultura y El Patrimonio, com bolsa da CAPES. Mestre em Desenvolvimento Regional pela FURB. Especializada em Metodologia do Ensino Superior pelo Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN). Graduada em Turismo pela UCDB e Licenciada em Pedagogia pela (UNIGRAN). Atualmente é docente e coordenadora do Curso de Turismo - Unidade Universitaria de Campo Grande da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Erick Wilke, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Doutor em Administração pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE). Mestre em Cultura e Turismo pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Graduado em Turismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, atuando principalmente nas seguintes áreas: estratégias organizacionais, administração e gestão hoteleira, marketing e turismo.

Thiago Andrade Asato, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil.

Doutor em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB). Mestre em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica Dom Bosco. Especialização em MBA Executivo, Gestão Estratégica e Econômica de Negócios e Graduação em Turismo pela (UCDB).

Referências

ARANHA, M. L. A; MARTINS, M.H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1993.

ASATO, Thiago Andrade. A Rota Bioceânica como campo de possibilidades para o desenvolvimento da atividade turística. 2021. 181f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Local) – Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, MS, 2021.

CASTRO, João Carlos Parkinson. Turismo como instrumento dinamizador do Corredor Rodoviário Bioceânico. Interações, Campo Grande, MS, v. 20, n. especial, p. 19-29, 2019.

CASTRO, João Carlos Parkinson. Analytical Studies about the Bioceanic Corridor. Interações, Campo Grande, MS, v. 22, n. 4, p. 1061-76, 2021.

CONSTANTINO, M.; DORSA, A.; ARAGÃO, J.; MENDES, D.; Fluxos turísticos entre os países do Corrredor Bioceânico. Interações, Campo Grande, MS, v. 20, n. especial, p. 57-67, 2019.

CRESWELL, J. Research design: qualitative, quantitative e mixed approaches. London: Sage, 2009

DORSA, Arlinda Cantero. Língua e discurso nas crenças culturais sulpantaneiras. 2021. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2006.

EISENHARDT, K. Building theories from case study research. Academy of Management Review, [s.l.], v. 14, n. 4, p. 532-50, 1989.

GRESSLER, L. A. Introdução à pesquisa: projetos e relatórios. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Loyola, 2007. 328 p.

JENSEN, R. The Dream Society: how the coming shift from information to imagination will transform your business. Nueva York: McGraw-Hill, 1999.

KVALE. S.; BRINKMANN, S. Interviews: learning the craft of qualitative research interviewing. Thousand Oaks, CA: Sage, 2009.

LI, Y. Geographical consciousness and tourism experience. Annals of Tourism Research, [s.l.], v. 27, n. 4, p. 863–83, out. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160738399001127. Acesso em: 23 fev. 2015.

MAZARO, R. M.; PANOSSO NETTO, A. Competitividade e inovação em Turismo. In: BENI, Mario Carlos (Org.). Turismo, planejamento estratégico e capacidade de gestão: desenvolvimento regional, rede de produção e clusters. São Paulo: Manole, 2012.

MILES, M.; HUBERMAN, A. Qualitative Data Analysis. Thousand Oaks, CA: Sage, 1994.

PANOSSO NETTO, A.; GAETA, C. (Org.). Turismo de experiência. São Paulo: Ed. Senac, 2010.

REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: do Humanismo a Kant. São Paulo: Paulinas, 1990. V. 2. (Coleção Filosofia).

SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO [SEMADESC]. Movimentação de produtos por Porto Murtinho deve ser recorde neste ano superando 700 mil toneladas. [on-line]. Disponível em: https://www.semadesc.ms.gov.br/movimentacao-de-produtos-por-porto-m urtinho-deve-ser-recorde-neste-ano-superando-700-mil-toneladas/. Acesso em: 30.07.2023, às 16:50.

VAN MAANEN, J. (1979) Reclaiming qualitative methods for organizational research: a preface. Administrative Science Quarterly. (24): 520–6.

Downloads

Publicado

2023-11-27

Como Citar

Golçalves, D. F., Wilke, E., & Asato, T. A. (2023). Porto Murtinho: possibilidades de implantação de turismo de experiência, inovação e competitividade no Corredor Bioceânico. Interações (Campo Grande), 24(4), e2444229. https://doi.org/10.20435/inter.v24i4.4229

Edição

Seção

DOSSIÊ III: O PAPEL DA UNIRILA NOS "DESAFIOS DA INTEGRAÇÃO NA ROTA BIOCEÂNICA (BRASIL, PARAGUAI, ARGENTINA E CHILE)"