Do fumo ao fluxo turístico − construções rurais como signo da oferta turística no Sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/inter.v23i3.3541

Palavras-chave:

meio rural, turismo, patrimônio agrícola, estufas de fumo

Resumo

O meio rural está passando por grandes mudanças, uma delas seria o abandono da fumicultura como parte do processo sócio-histórico-econômico de regiões catarinenses. Áreas menores ou periféricas foram tragadas pela modernidade e urbanização, contribuindo, neste processo, com seus melhores ativos: terras, recursos naturais e humanos. A fumicultura vem diminuindo, com a busca pela qualidade de vida moderna, o que gerou modificação no mercado e o encerramento de fábricas de cigarros. Em Santa Catarina, muitos resquícios dessa história vêm sendo reconvertidos para uso turístico, caso das estufas utilizadas para a secagem das folhas do tabaco, edificadas em tijolos maciços e com uma arquitetura peculiar. Esse patrimônio industrial remanescente é o foco da pesquisa, que, a partir do mapeamento e das incursões em campo, com entrevistas diretas, identificou exemplares revitalizados para o uso turístico, dando nova vida e novo fluxo aos espaços onde outrora a planta era cultivada. A pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, baseou-se em análise bibliográfica, pesquisa de campo e emprego de entrevistas, e tais métodos se revelaram aptos à validação do seguinte pressuposto: externalidades territoriais, como as estufas de fumo, representam novas possibilidades para um espaço rural redescoberto, como se ressurgissem das cinzas. As respostas foram analisadas a partir da análise de conteúdo, gerando categorias que apresentaram novas possibilidades para o uso de edificações que estão sendo − ou possam vir a ser − revitalizadas para finalidades turísticas, contando a história dos tempos áureos da fumicultura catarinense.

Biografia do Autor

Shyarra Roberta Robl Becker, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Doutoranda e mestre em Turismo e Hotelaria, pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Arquiteta e Urbanista pelo  Centro Universitário – Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul/SC. 

Aloisio José Dalri, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Mestre em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Bacharel em Gastronomia com Certificação em Cozinheiro Chef Internacional e Pâtissier, pela UNIVALI.

Diva de Mello Rossini, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Pós-doutora em Arquitetura pela Universidade de Lisboa. Doutora em Administração e Turismo pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UNIVALI, e em Enfermagem pela UFSC.

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Publicado

2022-10-25

Como Citar

Becker, S. R. R., Dalri, A. J., & Rossini, D. de M. (2022). Do fumo ao fluxo turístico − construções rurais como signo da oferta turística no Sul do Brasil. Interações (Campo Grande), 23(3), 653–668. https://doi.org/10.20435/inter.v23i3.3541